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SAMA 2020 - Agência Lusa no combate à desinformação
Para fazer face às campanhas de desinformação cada vez mais presentes em várias temáticas da sociedade moderna, a LUSA iniciou, em 2020, um Projeto que tem como objetivo o combate às Fake News, denominado «ContraFake».
27 Dezembro 2021
«O desenvolvimento de modelos de previsão de credibilidade de notícias é fundamental, tanto para o combate à propagação viral da desinformação como para a melhoria da literacia mediática.»
Para fazer face às campanhas de desinformação cada vez mais presentes em várias temáticas da sociedade moderna, a LUSA iniciou, em 2020, um Projeto que tem como objetivo o combate às Fake News, denominado «ContraFake», que permitirá disponibilizar várias ferramentas de análise de conteúdos com recurso a inteligência artificial, bem como desenvolver conteúdos de literacia mediática.
«ContraFake» é, assim, um projeto de agregação de informação e desenvolvimento de recursos computacionais e ferramentas tecnológicas para proteção e apoio aos profissionais de comunicação, cidadãos e instituições contra ações de desinformação veiculadas através das redes sociais e de outras fontes de informação digital.
Esta iniciativa tem por base a candidatura ao Portugal2020, cujo investimento total é de 299 mil euros, sendo de realçar o financiamento do FSE, no valor de 170 mil euros, sem o qual não seria possível a sua realização. O trabalho, desenvolvido com a colaboração do Inesc-ID (do Instituto Superior Técnico), do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) e da tecnológica portuguesa InKnow, será implementado até ao 1.º trimestre de 2022 e centra-se, entre outros, nos seguintes objetivos:
1. Desenvolvimento de ferramentas de inteligência artificial (IA) de análise de conteúdo inspiradas no princípio de «informação nutricional» dos textos, que permitam agilizar e semi automatizar os processos de:
a) Computação do grau de credibilidade da notícia, através da análise das fontes em que a mesma se encontra;
b) Computação do grau de verificabilidade da notícia (checkability) a partir de fatores como o grau de opinião, análise de sentimento, de adjetivação, e utilizando ferramentas de processamento de língua natural e computação inteligente;
c) Um sistema inteligente que, com recurso a bases de dados internacionais de notícias falsas e através de técnicas de recuperação de informação (information retrieval) para análise de similaridade textual e representações contextuais de palavras, permita determinar a probabilidade de se tratar de uma mesma história falsa transposta para um novo contexto;
d) Um sistema que automaticamente procure na World Wide Web (WWW) páginas com informação relevante para ajudar na verificação dos factos da notícia em questão;
2. Desenvolvimento de um plugin, ou solução equivalente, para incorporar num browser, que, a partir dos métodos acima descritos, permita qualificar e atribuir graus de confiança a notícias e aos sites de informação que as promovem.
3. Desenvolvimento de ferramentas de IA de análise de contexto:
a) numa lógica de realidade aumentada e de assuntos relacionados, para enquadrar fenómenos de manipulação de informação e de ciberataque – ou dos dois em simultâneo;
b) da autenticidade de informação, numa lógica de análise formal, de contexto e semântica dos conteúdos e suportes digitais;
c) da identificação precoce de processos «virais» de interesse, sobre temas ou notícias, com recurso a ciência de dados.
4. Integração destas ferramentas no site aberto denominado «Lusa – Combate às fake news» que agrega informação noticiosa produzida pelos jornalistas da Lusa, sobre o fenómeno da desinformação e sobre matérias que lhe estão associadas, e por entidades institucionais, academia e «think tanks», para que sirva também os cidadãos e as instituições com:
a) conteúdos de natureza formativa e preventiva;
b) agregação de/acesso a sítios e conteúdos de diferentes fontes, de media e outros, que se preocupam com a denúncia de informação manipulada;
c) agregação de/acesso a ferramentas digitais já existentes, que ajudam a esclarecer dúvidas sobre a legitimidade e veracidade da informação que lhes chega ou a que acedem;
5. Criação, em parceria com o CNCS, de um manual em suporte digital (conjunto de vídeos) e de um curso online denominados «Cidadão Ciberinformado», concebidos numa lógica de disponibilização de informação útil e de fácil compreensão, que ajude a população a precaver-se de ataques cibernéticos e atos fraudulentos, a identificar dados falsos e/ou informação manipulada e a defender-se de ações de desinformação.
6. Realização de uma grande conferência anual sobre «Combate às fake news e Democracia» que tem como objetivo manter esta temática no centro do debate público.
Este projeto, centrado no combate ao novo fenómeno da manipulação de informação que tanto preocupa os regimes democráticos, vem também equipar a Lusa com uma série de ferramentas de extrema utilidade para o seu trabalho de produção noticiosa – que pressupõe a procura e análise de informação relevante e a sua validação junto de fontes credíveis. Além de contribuir, genericamente, para o incremento da utilização e consumo de informação factual por parte da comunicação social e do público em geral, contribui ainda para o incremento da literacia mediática para o público em geral.
Joaquim Carreira | Presidente e CEO
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